Os primeiros tweets de Trump são sancionados pelo Twitter – O Twitter colocou um aviso de verificação de fatos em um tweet emitido pelo presidente Trump, no qual ele afirmava sem provas de que a cédula era falsa.
O movimento do Twitter na terça-feira marcou a primeira vez que a empresa de tecnologia sancionou Trump quando surgiram críticas sobre como o presidente multiplicou desinformação para mais de 80 milhões de seguidores nas plataformas de mídia social.
“NENHUMA MANEIRA (ZERO!) As cédulas recebidas serão nada menos que uma grande fraude. As caixas de correio serão roubadas, as cédulas serão falsificadas e até impressas ilegalmente e assinadas de forma fraudulenta. O governador da Califórnia envia cédulas a milhões de pessoas, que só ….. “
A porta-voz do Twitter, Trenton Kennedy, disse à NPR que, embora os tweets sobre a votação não violem as regras do Twitter porque “não tentou impedir diretamente as pessoas de votar”, ele continha “informações enganosas sobre o processo de votação, especialmente as cédulas “. “
Brad Parscale, gerente de campanha de Trump para 2020, sugeriu que o Twitter estava tentando violar os direitos de expressão livre do presidente e acusou a empresa de ser anti-Trump.
“Sempre sabemos que o Vale do Silício vai parar todos os obstáculos para obstruir e interferir no presidente Trump para entregar sua mensagem aos eleitores”, disse Parscale. “A parceria com os preconceitos de ‘verificação de fatos’ da mídia falsa é apenas uma cortina de fumaça que o Twitter usa para tentar emprestar suas táticas políticas que claramente têm alguma credibilidade falsa. Há muitas razões para a campanha de Trump retirar todos os nossos anúncios do Twitter no mês passado, e eles são um viés político claro é um deles. “
No início deste mês, o Twitter anunciou medidas para combater a disseminação de informações erradas sobre o vírus corona. O Twitter afirmou que colocaria etiquetas em informações enganosas ou contestadas sobre o vírus “independentemente de quem são os oradores”.
Os críticos do Twitter reclamam que colocaram Trump acima de seus esforços para fazer cumprir regulamentos que visam tornar a plataforma mais civilizada.
A ação de terça-feira permite que os usuários “obtenham fatos” sobre o que os tuítes de Trump dão certo quando a plataforma de mídia social enfrenta críticas por sua inação nos tweets enviados por Trump avançando teorias de conspiração infundadas sobre a morte de um ex-membro da equipe Joe Scarborough, um ex-congressista que agora é um apresentador de televisão na MSNBC e frequentemente alvo de Trump.
No Twitter, Trump incentiva a teoria infundada de que Scarborough matou Lori Kaye Klausutis, 28, que foi encontrada morta no escritório do congresso de Scarborough em Fort Walton Beach, Flórida, em julho de 2001.
“Tem havido uma série contínua de teorias de falsidade, provocações e conspiração da verdade desde o dia em que ele morreu”, escreveu o viúvo Timothy J. Klausutis na semana passada ao CEO do Twitter, Jack Dorsey. “… Por causa disso, lutei para seguir em frente com minha vida.”
Ele então perguntou a Dorsey: “Minha solicitação é simples: por favor, exclua este tweet”
Independentemente dessa solicitação, o Twitter não excluiu o tweet que avançava a teoria da falsa conspiração sobre a morte da esposa de Klausutis, que tinha um problema cardíaco não diagnosticado, desmaiou e bateu a cabeça em sua mesa quando caiu. Dorsey nunca respondeu diretamente à carta do viúvo.
Mas em um comunicado, Kennedy, porta-voz do Twitter, disse que o tweet sobre Scarborough não viola a política da empresa.
“Nós traçamos linhas para certas áreas temáticas, incluindo integridade civil e votação”, disse Kennedy. “No entanto, como dissemos no tweet de Scarborough, trabalhamos para expandir os recursos e políticas de produtos existentes, para que possamos lidar de maneira mais eficaz com coisas assim no futuro, e esperamos que as mudanças ocorram em breve”.
O Twitter, que tem cerca de 330 milhões de usuários, tem uma prática que há muito liberta líderes mundiais de suas regras de conteúdo, com exceção de “notícias dignas”. Mas a pandemia fez com que ele mudasse de política.
As autoridades do Twitter agora dizem que as postagens de qualquer usuário, mesmo líderes mundiais, podem estar sujeitas a uma etiqueta de aviso ou removidas por completo, se o conteúdo for contrário às diretrizes das principais agências de saúde pública.
E manteve essa promessa removendo os tweets do presidente brasileiro Jair Bolsonaro e do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Bolsonaro elogiou o uso do medicamento anti-malária hidroxicloroquina e pediu o fim da justaposição social. E Maduro está promovendo “bebidas naturais” para curar os infectados com COVID-19.
O Twitter diz que essas postagens violam suas políticas, mas a empresa nunca excluiu tweets de Trump.
kuruzamat 